Sei bem que há diferentes tipos de liderança no contexto musical eclesiástico e até já falei sobre isso em outro post (LIDERANÇA MUSICAL NA IGREJA: FUNÇÕES E DESAFIOS). Mas gostaria de focar naquele que, hoje, considero o mais importante de se ter: o pastor de adoração.
E eu até poderia começar explicando o que é um pastor de adoração, mas... como já fiz isso no post que citei acima, prefiro mesmo já apresenta, conforme penso, razões para se ter um pastor de adoração em nossas igrejas.
1 - Um pastor de adoração é tão indispensável quanto qualquer outro.
Parece bobagem para alguns, mas não é. Músicos também precisam ser pastoreados, mentoreados e ensinados de perto. Alguém, contudo, poderia dizer que o pastor titular (pastor sênior, ou como seja chamado em sua comunidade) já poderia fazer isso. Ok. Então, apliquemos essa mesma argumentação à presença de pastor de jovens, pastor de famílias, pastor de crianças e por aí vai.
Se entendemos que é necessário ter outros pastores para lidar com grupos e/ou funções mais específicas na igreja, não há como ignorar a igual importância de se ter alguém que pastoreie este grupo de pessoas tão peculiar em nossas comunidades.
2 - Um pastor de adoração é alguém devidamente qualificado para estar junto dos músicos.
Por possuir identificação natural com aqueles que trabalham com música e tudo o mais que for relacionado ao culto, um pastor de adoração consegue ser uma figura pastoral bem mais próxima daqueles que possuem perfil artístico na igreja local. Além disso, não será alguém que simplesmente possui interesses em comum, mas alguém que possui conhecimento bíblico, preparo ministerial e maturidade suficientes para lidar com possíveis conflitos, desânimos e muito mais, ensinando e conduzindo os músicos de sua comunidade no ensino bíblico de adoração.
3 - Um pastor de adoração é um pastor que também é músico.
Estamos falando de ministérios que possuem, na maior parte de seus trabalhos, ações musicais. Um pastor de adoração, portanto, precisa ser alguém que possua não apenas o conhecimento pastoral, mas deve também possuir conhecimentos musicais o suficiente para dialogar com os músicos da igreja local. Só assim ele conseguirá lidar bem com situações referentes a ensaios, ordens de culto, repertório, arranjos, tonalidades de canções... assuntos que, embora bem técnicos, possuem implicações práticas extremamente importantes ao rebanho como um todo. Alguém que pastoreia músicos sem ser músico jamais entenderá devidamente tudo o que é musical e que envolve tais processos.
4 - Um pastor de adoração é o responsável por todas as ações num culto.
Ter alguém entre os músicos que tenha autoridade e decisão quanto ao que acontece nos cultos, seu planejamento e que possui relacionamento com todos os ministérios que atuam nos cultos faz toda a diferença. Um pastor de adoração pode supervisionar os ministérios de música, som, luz, produção de culto, recepção (claro que isso de acordo com o que cada comunidade propõe), contribuindo ainda mais para que o culto todo seja formado por uma só mensagem, apontando para o que será pregado. Ele será o responsável por garantir que tudo no culto esteja dentro daquilo que as Escrituras ensinam e fará este elo entre músicos e outros ministérios e entre todos eles e o pregador da noite.
5 - Um pastor de adoração aproxima ainda mais os músicos da liderança pastoral da igreja.
Seja qual for o sistema de governo da igreja local, quando se tem mais de um pastor, a especificação de áreas de atuação é algo bastante natural. Contudo, esse entrosamento (digamos assim) entre os pastores é o que traz o bom funcionamento e andamento da vida da igreja. Ter um dos membros do colegiado pastoral no meio dos músicos aproxima ainda mais tais ministérios de sua liderança pastoral e isso é bom para TODOS. Todos saem ganhando quando pastores e músicos andam juntos: os pastores, os músicos, a igreja e o Reino.
Sei bem que nem todas as igrejas têm condições de ter um pastor de adoração. Mas, se este for o caso, ainda assim a função precisa ser desempenhada por alguém, mesmo que não seja alguém oficialmente pastor. E, assim, dentro das peculiaridades de cada local, conseguiremos ministérios bem cuidados, organizados e vivendo a vida comum da igreja.
Resumi, então, a importância desta figura de liderança nas cinco razões acima. E você consegue pensar em mais alguma? Sinta-se livre pra comentar aí abaixo!
Em Cristo,
M. Vinicius
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