Pular para o conteúdo principal

NOSSA MAIOR DOENÇA

 


Dizem que o pior tipo de doente é aquele que não admite que está doente, pois admitir a doença é o primeiro passo para a cura! Eu diria, contudo, que há um tipo pior: aquele que até admite que está doente, mas não está disposto a fazer o que o tratamento requer, desde que ela seja "apenas uma gripe" ou "só uma gastritezinha" e "nada demais", conforme entende. 

Este tipo de doente vive se queixando das dores, mas não quer pagar o preço necessário, como: melhorar a dieta, fazer exercícios físicos e o que mais for necessário para a melhoria na qualidade de vida. Parece que ele só aprende mesmo (e quando aprende!) se a doença se mostrar mais séria do que esperava e/ou algo de gravidade ao ponto de impor risco de morte!

Infelizmente, parece que é assim também que muitos enxergam as práticas musicais na igreja. Todo mundo está sempre cheio de "diagnósticos" e/ou muito "consciente" dos problemas que lá existem. Mas... será mesmo?

Tenho começado a perceber que, na verdade, os que afirmam tanto já saber o que está errado são como o pior doente que citei acima. Eles afirmam saber de tudo, mas não querem pagar o preço necessário, tanto espiritualmente quando tecnicamente para que as coisas comecem a melhorar. E, assim, apesar de julgarem conhecerem todas as doenças lá existentes, na verdade, não conhecem a principal doença que domina seus próprios corações: a soberba!

É ela a responsável pelo comodismo e pelo fatalismo ("música na igreja é assim mesmo.. sempre cheia de problema") que tanto impera em tantos lugares. E é apenas quando a soberba é reconhecida, tratada e, enfim, curada que as mudanças reais começam a acontecer: compromisso, dedicação, estudos musicais levados a sério, fundamentação na Escritura tida como indispensável e por aí vai.

O problema é que a tal da soberba é que nem o vírus HIV: não tem cura! Por mais que se use todas as medicações e que se deixe o vírus "adormecido", ele continua lá! Sim. A soberba continua sempre lá, dentro de nosso enganoso e vão coração. E, quando pensamos estar, finalmente, livres dela, é que, na verdade, ela já está de volta, cegando nosso entendimento para todos os demais males e consequências trazidos por ela!

É... que tenhamos sempre em mente o sentimento que houve em Cristo Jesus (cf. Filipenses 2.5-8). Pois só assim conseguiremos entender nossa realidade enquanto portadores deste terrível mal que precisa ser constantemente tratado. 

Mas não se preocupe! Ele pode até não ter cura aqui, neste corpo, mas... um dia, "quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade" (cf. 1 Coríntios 15.53-58), enfim, poderemos bradar em alta voz: "Tragada foi a morte pela vitória" (cf. Isaías 25.8). Enquanto este dia não chega, façamos uso constante do coquetel composto por leitura bíblica, oração, comunhão dos santos, arrependimento e confissão de pecados. 

Caso contrário, seremos como o tal do doente que vive reclamando da gastrite, mas nada faz pra melhorá-la. Cuidado pra que não vire uma úlcera, hein?


Que Deus nos ajude!


Em Cristo,
M. Vinicius

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

DICAS GERAIS PARA DIVISÃO DE VOZES

E aê, galeraaaa!!!!!!!!! Que saudades de escrever por aqui! Após um tempo de férias do blog (mas não de descanso total, garanto hehe), estamos, enfim, de volta e COM FORÇA TOTAL!!! Eu realmente precisava de um tempo pra refletir e pensar um pouco mais sobre muita coisa e, em especial, sobre o que postar por aqui neste retorno. E, neste primeiro post pós-férias, resolvi falar sobre um assunto um tanto recorrente em nossas igrejas: divisão de vozes. Muita gente trabalha direta ou indiretamente com isso nas igrejas e muitas outras gostariam muito de poder fazê-lo. Sim. Eu mesmo conheço pessoalmente muita gente que gostaria de saber, ao menos em linhas gerais, como fazer uma divisão de vozes. Bom, meu desafio é tentar sintetizar isso por aqui. hehe É óbvio (mas preciso dizer!) que não é (MESMO) possível se fazer um verdadeiro curso de harmonização vocal, devidamente sistematizado e estruturado de maneira que, após visitar este post, alguém saia realmente formado como

LIDERANÇA MUSICAL NA IGREJA: FUNÇÕES E DESAFIOS

Introdução A importância da música na prática eclesiástica é algo inquestionável. E, para uma melhor prática musical eclesiástica, acredito ser de extrema importância se ter uma liderança bem estabelecida, de modo que tal prática possa ser conduzida rumo aos caminhos tencionados por um planejamento realizado por esta liderança. Contudo, há casos em que não há um líder oficialmente estabelecido. Acredito, porém, que sempre há um líder, mesmo que não se reconheça sua existência oficial. Mas há sempre alguém que influencia outros musicalmente e/ou que assume a responsabilidade pelas ações musicais da igreja. E, quando realmente não há, acredito que o potencial musical da igreja em questão poderia estar bem melhor e que, provavelmente, as ações musicais da referida igreja estão completamente perdidas, até que alguém se responsabilize por elas. Foi por isso que, dentre outras razões (como os pedidos que me foram feitos hehe), resolvi escrever esse post. Através dele, preten

DICAS PARA UMA BOA MINISTRAÇÃO

Após muitos estudos, reflexões e discussões sobre o assunto, resolvi, enfim, escrever um pouco do que penso sobre a chamada "ministração de louvor". Além de conviver com essa realidade de maneira muito próxima (o primeiro ministro de louvor que conheci foi meu próprio pai, com quem aprendi boa parte do que está aqui registrado), tenho tido o enorme privilégio de poder também ministrar louvor em minha igreja (ministro, junto com alguns mui amados irmãos, em nossa banda de jovens) e em outros lugares aos quais nossa banda é convidada a ir. E, por essa razão, me sinto bastante à vontade pra falar do assunto, tendo em vista que eu sou o primeiro alvo de cada palavra aqui registrada. Além disso, aqueles que trabalham comigo sabem, de perto, se as cumpro ou não, o que torna este post um desafio ainda maior. hehe Sendo assim, separei algumas dicas que colecionei ao longo dos anos e que acredito serem importantes em nossa prática musical eclesiástica. E, portanto, sem mais delong