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DECEPCIONADO COM A MÚSICA CRISTÃ BRASILEIRA

Imagem retirada de: pedlowsky.blogspot.com


Desde que cheguei à PIBA (Primeira Igreja Batista de Atibaia), tenho sido muito bem recebido por todos (sem exceção). Mas, em especial, além dos pastores (com que já tinha contato durante os últimos anos e dos quais já conhecia a maioria), tive a honra de ser tão bem recebido por um camarada que já foi do Grupo Mensagem e do Vencedores por Cristo, possuindo cerca de 40 anos de experiência com música na igreja. Além de membro da PIBA, ele é parte da liderança espiritual da igreja e temos conversado bastante desde que cheguei, o que, inevitavelmente, tem me conduzido a várias reflexões.

Quando olho para o quadro atual de boa parte (pra não dizer "maioria") do que tem sido veiculado como música gospel (termo que tem sido já largamente utilizado) e do que também tenho presenciado em muitas igrejas por onde passo, confesso que não me alegro muito com o que vejo. E, antes que me atirem mil pedras e/ou me acusem de saudosismo, tradicionalismo, dentre outros "ismos", deixo bem claro que não pretendo caminhar por estas trilhas e muito menos defendo adoração e entrega total a modelos, estilos e formas (seja de que época forem). 

Particularmente, tenho estado bastante decepcionado com a música cristã brasileira já há um tempo. É claro que há suas exceções e posso até citar alguns nomes que admiro e acompanho: João Alexandre, Leonardo Gonçalves, Os Arrais, Logos e Oficina G3 são alguns deles. Mas, de modo geral, não vejo muita razão para alegria em nosso cenário atual. Alguns até não entendem o fato de eu gostar tanto de alguns cantores e grupos estrangeiros e ouvi-los muito mais que os brasileiros, mas, de fato, não me alegro muito com a maioria do que tem sido feito aqui. E isto por várias razões. Tentando ser o mais sucinto possível (se é que isto é possível quando se trata deste assunto rsrsrs), posso listar algumas razões gerais. 


1. Pobreza musical e poética

Sei que os termos "pobreza" e "riqueza" são um tanto subjetivos, não? Mesmo assim, vou tentar ao (máximo) me fazer o mais claro possível ao afirmar que, de fato, acredito que vivemos um período de extrema pobreza musical e poética.

Primeiramente, faço questão de dizer que a "pobreza" musical à qual me refiro não necessariamente faz menção à quantidade e/ou velocidade de notas e à presença de muitos acordes dissonantes. Estou me referindo muito menos ainda a estilos. Não! Não meeeeesmo! Refiro-me, contudo, ao fato de que tenho visto cada vez mais músicas "iguais" no meio cristão brasileiro. Parece que, quanto mais o tempo passa, mais os grupos e ministérios de louvor (os famosos e também os desconhecidos da maioria) têm buscado a homogeneização: a instrumentação utilizada, os estilos tocados e até as sequências de acordes têm sido as mesmas. E não posso deixar de dizer que isto tem sido um tanto que tendência geral e não apenas na igreja, é claro. Pra piorar, parece que há uma escola catequizadora de música "gospel" que, dentro de seu curriculum base, exige que todos toquem músicas cuja cifra é composta dos mesmos quatro acordes e que até o som do piano com pad ou cordas por trás seja o mesmo! rsrsrsrsrs E, veja bem: não to dizendo que não se deve usar isto (eu mesmo já usei um bocado rsrsrs), mas... será que o desejo de imitação de grupos famosos não tem passado um pouco do ponto? E onde está toda a diversidade que nós, enquanto brasileiros, poderíamos trazer à música cristã praticada por nós. Pra mim, quanto mais homogeneização, mais pobreza (entende o que quero dizer?).

E pior ainda, infelizmente, é ter que notar que isto não se restringe apenas aos arranjos, notas e instrumentações. Dê uma olhada nas letras!!! Deeeeeeus do céu!!! Parece que estão vendendo uma cartilha por aí com as mesmas 10 frases gospel de sucesso e com as 20 expressões que farão de sua música um hit gospel!! rsrsrs Desculpa a ironia, mas é assim que tenho visto o atual cenário. Quer um exemplo? Você já viu ou ouviu quantas músicas com a frase "eu corro pra Ti, Senhor" e outras do tipo? E o que dizer da expressão "não importam as circunstâncias"? O pior, pra mim, é quando ainda inventam de usar os textos bíblicos (tá... tudo bem... pode até ser que estejam bem intencionados... sei lá... rsrsrsrsrs), fazendo cristãos que possuem um mínimo de memória não aguentarem mais ouvir (em músicas gospel) a expressão "amado de minh'alma", por exemplo!! Parece que não há mais o que dizer, não é mesmo? Parece que o número de orações memorizadas chegou ao fim e não dá mais pra encontrar uma nova e encaixar na estrutura "obrigatória" dos quatro acordes, não é?

Olha só... jamais direi que é (necessariamente) errado usar uma destas expressões e/ou estrutura de acordes, mas... será que não conseguimos ir um pouco mais além disso? Será que realmente chegamos a nosso limite criativo? Hum... duvido muito que um povo como o nosso, o povo brasileiro, tenha chegado a seu limite de criatividade. Prefiro acreditar mesmo que a preguiça tem tomado conta até mesmo de nossas orações cantadas (as não cantadas já têm sido vítima disso há tempos). Triste, mas verdade. E aí, até os textos bíblicos são repetidos em excesso, porque, no fim das contas, ninguém conhece outros mesmo, né? Então... só dá pra citar os salmos de Davi, que já decoramos e pronto. E isto nos leva à próxima razão pela qual me sinto tão decepcionado.


2. Esquecimento das Escrituras

Acho impressionante o quão distante alguns HITS GOSPEL estão da Sagrada Palavra. E, quando "inventam" de se dar ao trabalho de citar texto bíblico, se não usarem apenas os mesmos (conforme mencionado há pouco) o fazem ASSASSINANDO a ideia originalmente tencionada pelo autor bíblico em seu contexto, ignorando COMPLETAMENTE a saudável interpretação das Escrituras! No fim das contas, melhor seria se nem citassem o texto!!!!

Isto, na verdade, reflete apenas uma realidade que tem sido presente não apenas na vida dos músicos, mas de muitos cristãos brasileiros atuais. As Escrituras têm perdido Sua primazia na vida da igreja brasileira já há muito tempo. E como isto é triste!!!! E, então, é de esperar que tenhamos tanta música dizendo tanta bobagem por aí! Eu até poderia citar alguns exemplos (pra não dizer "vários"), mas...
será que valeria a pena? rsrsrsrs (rindo pra não chorar!)

Vamos pensar na música "Deus da minha vida", do Thalles Roberto. Em certo trecho, ele diz: “Deus da minha vida, fica comigo. Sou a sua casa, mora em mim (...)”. Ao ler esse trecho, imediatamente deveria nos vir à lembrança o texto de Mateus 28:20: “(...) estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. Como podemos pedir que Deus fique conosco se Ele já está? Parece que estamos meio que duvidando de Sua promessa, não? Além disso, o trecho é um tanto confuso, uma vez que o autor continua dizendo: “Sou a sua casa, mora em mim.” Se já somos Sua casa, como podemos ainda pedir que Ele habite em nós? Ele já habita! E tal pedido se torna ainda mais equivocado não apenas na semântica, mas na teologia, pois, se já recebemos Jesus como nosso Senhor, já recebemos também o Seu Espírito; uma vez batizados com o Espírito, no ato de nossa conversão, já fomos feitos morada e templo do Espírito Santo (Efésios 1:13-14; 1 Coríntios 3:16). É esse tipo de música que tem "estourado" como hit gospel e tem invadido nossas igrejas. E, veja bem: este nem é o caso mais grave de absurdo teológico que tem sido cantado por aí.

Tudo isto só acontece porque as Escrituras têm sido esquecidas em nossas vidas (individualmente falando), em nossas famílias, em nossas igrejas e púlpitos e, consequentemente, em nossas músicas. Triste! Muuuito triste!


3. Negligência com o Reino

Quanto mais igrejas conheço, mais ouço histórias de gente que nunca tem tempo pra nada e/ou que nunca quer ensaiar e/ou prefere fazer tudo de qualquer jeito. Será que é assim que um servo do Senhor deveria agir?

Lidamos com uma área da igreja bastante ligada a questões técnicas e é inevitável que maior cuidado seja dedicado a nossas práticas. Esse "negocin" de "Irmãos, eu nem tive muito tempo pra ensaiar, mas... é pro Senhor, né, irmãos? Não to aqui pra me mostrar. É pra Deus, então, Ele vê o coração, né? Ele aceita!" Hum... será? Será que o fato de você não ter dedicado tempo pra se aperfeiçoar (ensaiar, pra aprender a letra da música que será cantada, pra ver se este tom é o melhor pra você mesmo, dentre taaaaantas outras coisas envolvidas numa simples execução de música) não demonstra claramente o que está no seu coração? Será que isto não demonstra que, na verdade, seu coração não está total e devidamente entregue à obra do Senhor e, consequentemente, a Ele próprio? Por mais supostamente clichê que isto pareça, não devemos jamais nos esquecer de que "maldito é aquele que faz a obra do Senhor relaxadamente" (Jeremias 48:10a). É duro, né? Bom, não fui eu que disse, e sim a Palavra do próprio Deus. O contexto não está falando de música, evidentemente, mas está falando de cumprir cabalmente o mandado do Senhor, não agindo com negligência naquilo que Ele nos confiou.

O grande problema é que nunca temos tempo pra nada! Só não entendo (não entendo meeeesmo) como alguém diz que gosta tanto de algo (diz que tem paixão ministerial), mas não arruma tempo pra isso? Por que é que se está num ministério se não há tempo pra se dedicar a ele? Até onde tenho observado, quando se ama tanto algo, dedica-se tempo a este algo, não é mesmo? Basta olhar pra maneira como a maioria das pessoas tem vivido suas vidas.

A verdade é que sempre temos tempo pra aquilo que queremos. E... (hum... agora ficou complicado, né? rs), infelizmente, dedicação à obra do Senhor não tem sido algo tão querido em muitos lugares. E, além disso, desde muito novos, nossos jovens têm sido educados numa realidade tão maluca e frenética, que prioriza a vida profissional (desde muuuuito cedo a loucura em torno do ENEM, por exemplo, é... uau!), a vida material, aquilo que poderá comprar um dia e etc. Mas poucos têm sido ensinados no valor da prioridade do Reino de Deus e dos ministérios por meio dos quais Deus tem nos chamado a servir. E, desse modo, nossos ministérios estão entupidos de meros "profissionais" ministeriais, mas do pior tipo (já que, via de regra, não recebem grana pra isso, né?): defasados, sem dedicação e sem tempo pra fazer o melhor que podem. Devo confessar que fui educado numa realidade completamente diferente, na qual minha família SEMPRE priorizou a vida eclesiástica (cultos, escolas bíblicas, ensaios, etc) e não posso negar que me sinto muito orgulhoso disso, pela Graça. Soberba minha? Hum... observe a expressão "pela Graça" e você entenderá a origem e a razão disso tudo. Lembrando que esta Graça está disponível a todos os que se entregarem para viver d'Ela, por Ela e para Ela.


4. Mesmice comportamental

Hum... a inércia... a tão amada inércia!!!! E ainda há quem não entenda por que razão a realidade cristã no Brasil (e, consequentemente, a música cristã) não muda. Estão todos muito bem acomodados em suas rotinas dominicais (quando muito, entra uma quarta-feira na jogada!), vivendo seus evangelhos (inicial minúscula intencional) semanais e nada integrais, quando, na verdade, a Escritura exige muito mais de nós (cf. Mateus 6:33; 2 Coríntios 5:14-15). Mas... "pra que mudar, se faz tempo que é assim?" !

Por isso, só me resta perguntar: será que algo, algum dia, irá mudar? Diante de tudo o que foi apresentado (e de muito mais que nem mencionei) só me resta questionar: aonde chegaremos? Às vezes, chego a temer um pouco o que acontecerá no futuro. Fico, contudo, tranquilo, pois sei que, não apenas a música, mas a igreja no Brasil como um todo tem caído (e em muitos aspectos), mas sei também que Deus tem preservado o Seu remanescente. E é por isso que estou confiante de que algo ainda pode ser feito para que o quadro mude. 

Talvez, embebido pelos sentimentos de grandeza estupidamente proferidos, proclamados e jorrados por muitos líderes e artistas GOSPEL de nosso país, muitos pensem que aquilo que fazem em suas igrejas locais de nada serve ao nos referirmos a um contexto nacional e/ou pensem que não possuem maneiras de alcançar e influenciar pessoas, por não serem famosos. Mas a você que me lê, faço questão de dizer: VOCÊ PODE SER O AGENTE DE MUDANÇA QUE DEUS VAI USAR EM NOSSA GERAÇÃO!!!! Mas, junto com esta afirmação, deixo a seguinte pergunta: O QUE VOCÊ TEM FEITO A RESPEITO???

Será que nós, pastores de adoração, ministros de louvor, ministros de música, cantores, tocadores..., enfim, será que nós não temos estado inertes diante de tão assustadora realidade?! "Que é isso, Montanha??!! Que draaama!!!", alguém pode me dizer. Bom, daqui a alguns anos, o esperarei para uma conversa e veremos o que terá acontecido. "Então, quer dizer que não há esperança?". Hum... acho que não fui muito claro, talvez... entenda: VOCÊ PODE E DEVE SER ESTA ESPERANÇA!!! Mas saiba também que jamais será se continuar vivendo o ministério que Deus lhe confiou como mais uma atividadezinha de sua agenda super lotada de compromissos muito mais importantes e atraentes que o trabalho do Reino.

É hora de arrependimento! É hora de nos rendermos ao Pai, pedindo perdão e dizendo: "Senhor, recebe-nos de volta e guia-nos conforme Teu querer!". É hora de sairmos da inércia e nos posicionarmos CLARAMENTE contra tanta frivolidade, ganância, bestialidade, ignorância e soberba que tem se levantado em nossas congregações (televisivas ou não!). É chegado o tempo de voltarmos a lutar pela Graça e com as armas da fé, com canções que exaltem ao Senhor, proclamem o Seu nome entre os povos, expressem uma genuína santidade e que estejam SEMPRE submissas à Palavra da Verdade! É hora de cantarmos o que vivemos, mas de vivermos o que cantamos! É hora de compormos nossas canções e com algo mais que as tão aclamadas e repetidas expressões gospel! É hora de esquecermos os shows e voltarmos aos cultos (e não me refiro àqueles SHOWS em que os artistas JURAM e querem fazer todo mundo acreditar que "não fazemos show, mas culto!"). É hora de termos tanta fome da Palavra de Deus que, mesmo após tanto lê-La, queiramos também ainda recitá-La e cantá-La, como se fosse a primeira vez! É hora de verdadeiramente voltarmos ao Evangelho da rude e simples cruz, pela qual fomos salvos também de nós mesmos e de nossas fúteis vaidades. 

Tudo isto, então, deve começar, primeiramente, em sua vida e na sua igreja local. Esqueça o fato de sua igreja não ser aquela igreja famosa! Esqueça o fato de, talvez, você não possuir toda aquela estrutura hightech, megapower, broadwayniana e/ou Madison Square Garden em sua igreja. Claro que não estou dizendo que não é importante investir em estrutura (quem pensar isto jamais leu algo mais neste blog!). Mas entenda que, na sua igreja, você pode (e deve) viver a vontade do Pai e, desse modo, alcançar a outros. Fala-se muito em uma suposta "onda de adoração" e coisa e tal... bom, espero muito que chegue mesmo uma onda, mas uma onda de retorno do amor pela Palavra e do cântico novo, quebrantado e compungido. E que esta onda REALMENTE flua pelo nosso país! Mas não posso deixar de dizer que começa com você; começa na sua igreja; começa no seu ministério. Portanto, SAIA DA INÉRCIA, EM NOME DE JESUS!


Conclusão

Encerro, então, perguntando novamente: aonde vamos chegar? Quer saber mesmo? Bom, espero que você esteja disposto a construir o caminho que nos levará até este lugar. E que este caminho esteja fundamentado na Palavra de Deus. Não posso negar que eu já decidi (não por haver algo de bom em mim): EU QUERO!!!!! Eu já decidi (apenas pela Graça): LUTAREI ATÉ O FIM!!! Farei o que eu puder, debaixo da Graça de Cristo, para que canções bíblicas, cristocêntricas e edificantes surjam, para que novas pessoas se envolvam com a adoração por meio da música, para que novos compositores busquem escrever e cantar aquilo que é ensinado pela Escritura, para que nossa qualidade musical cresça cada vez mais, e, principalmente, para que eu mesmo e aqueles que comigo caminharem possamos adorar ao Senhor não porque há algo de bom em nós, mas porque Ele mesmo veio até nós, Ele mesmo nos atraiu para Si e nós apenas devolvemos a Ele daquilo que recebemos. Sou utópico demais? Hum... bom... que seja, então. Mas realmente acredito ser possível fazer algo para mudar o quadro atual e espero que Deus me permita, por Sua Graça, continuar nesta batalha até o fim de meus dias. Que possamos, então, buscar realizar a vontade do Senhor (não a nossa!!), que é boa, perfeita e agradável. Como fazer isto? Olhemos para Ele e para Sua Palavra! Aonde chegaremos assim? No centro de Sua vontade!

Que Ele tenha misericórdia de nós todos. Que Ele nos ajude a construir uma música cristã mais comprometida com o Genuíno Evangelho. Que Ele faça de nós verdadeiros adoradores, que não estão buscando adoração para si mesmos, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou! A Cristo Jesus, o Todo-Poderoso, sejam a honra, a glória e o louvor, por meio de nós e de todas as coisas criadas, para todo o sempre! Amém!




Em Cristo,
M. Vinicius (Montanha)

Comentários

  1. Acho que posso estar com algum problema no meu login, pq fiz um comentário antes e não apareceu aqui.
    De toda forma, ótima reflexão. Me fez pensar bastante enquanto lia.

    VALEU!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, querido. Glória a Deus. Que busquemos sempre melhorar, a fim d glorificar mais ao Senhor e abençoar mais o Seu povo. Q Ele nos ajude!

      Excluir

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