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QUAL O MELHOR TOM PRA SE CANTAR NA IGREJA?



Um dos grandes problemas que sempre precisei enfrentar na prática musical em igrejas diz respeito à tonalidade das canções executadas. Acredito que a grande maioria das igrejas mantenha o hábito de cantar músicas de compositores e cantores um tanto conhecidos no cenário nacional e até no internacional (no caso das versões da Hillsong Church, por exemplo). Por causa disso, quando se executa um repertório constituído por músicas de Kleber Lucas, Aline Barros, Diante do Trono, Leonardo Gonçalves, Grupo Logos, Trazendo A Arca, Quatro Por Um, dentre outros, alguns (vários) problemas podem ser encontrados, já que cada um destes gravou suas canções na tonalidade em que se sentiam mais confortáveis pra cantar, o que é a prática mais que habitual na gravação de CDs e DVDs. Mas… e nas reuniões da igreja, como devemos cantar estas canções? Em que tonalidade elas devem estar em nossos cultos?

Enquanto que alguns (principalmente os instrumentistas) preferem e defendem que se mantenha o tom original das músicas, outros (principalmente os cantores) costumam pedir o contrário, pois o tom original não está confortável pra eles. E é a partir daí que surgem tantos conflitos em torno do assunto.

Por um lado, manter o tom original da gravação é sempre melhor, musicalmente falando, pois facilita o aprendizado das músicas por parte dos instrumentistas (que não precisarão ficar transpondo cifras e arranjos ou até mesmo mudando timbres, por causa da extensão do instrumento) e também dos cantores (que podem ouvir e praticar as divisões de vozes com a própria gravação original, caso a versão original possua arranjos vocais com divisão de vozes, é claro), além de preservar a sonoridade originalmente idealizada para a canção. Só é preciso pontuar que, nestes casos, talvez, o solista precise ser trocado, pois não dá pra forçar uma contralto a cantar as músicas da Ana Paula Valadão, né? rsrs

Por outro lado, se a igreja não possui muitos cantores ou até mesmo possui apenas um, será que se deve sacrificá-lo, forçando-o a se adequar ao tom do CD, apenas porque é "melhor pros instrumentistas" e ponto final? Se ele não conseguir cantar, de nada vai adiantar. Mas... E a congregação? Hum... este é o grande ponto que desejo destacar.

Será que precisamos pensar na congregação ao considerar as tonalidades das canções? Sim, penso eu. Claro que sim. Afinal de contas, não estamos num mero concerto musical; o culto não é um show de cantor A ou B. Sei que cito muito este texto por aqui, mas ele é um dos principais que norteiam nossas práticas:

"falando entre vós com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor." (Efésios 5.19)

É interessante ver que Paulo não disse isto apenas aos músicos, mas a todos os cristãos. Logo, em nossas reuniões, todos vemos cantar os salmos, hinos e cânticos espirituais. Como a congregação cantará, então, se a tonalidade da música privilegia apenas determinado cantor? Logo, é preciso tentar achar um equilíbrio tonal, a fim de que todos possam se sentir confortáveis ao cantar aquilo que o Senhor deseja que cantemos. E isto nos leva a algumas reflexões.


O "tom congregacional"

Quando eu ainda morava em minha linda cidade Natal (precisava falar dela hehe), percebia uma enorme quantidade de contraltos e barítonos. Por causa disto, quase não encontrávamos solistas femininas com vozes agudas e isto dificultava a escolha de tons, porque uma melodia em tom de contralto se torna bastante complicada de ser cantada por homens: ou fica muito grave ou muito aguda. Já em Atibaia, pude encontrar na PIBA enorme quantidade de sopranos, o que fazia com que as músicas em tonalidades de contralto ou tenor tivessem que ser alteradas, já que a maioria das pessoas não conseguia cantar.
Contudo, encontrar uma tonalidade que sirva a todos é praticamente impossível! Porque, a partir do momento que você "agrada" àqueles de vozes mais graves, você deixará de "agradar" os de vozes mais graves e vice-versa. Na PIBA há uma grande vantagem: há muita gente com experiência e habilidade no cantar em diferentes naipes. Então, se uma contralto está se sentindo desconfortável em cantar determinada música no tom de soprano, ela "simplesmente" começa a fazer o contralto e ponto final. rsrs Pois é. Muitos irmãos da congregação conhecem os hinos e os arranjos vocais de cada um deles. É muito interessante. É uma igreja bastante musical. hehe Mas isto não é regra em todos os lugares. 

Há quem diga que há como deixar tudo num "tom congregacional" e, até certo ponto, posso concordar. Isso porque quando a canção se encontra numa tonalidade com a melodia no soprano (e, consequentemente, com a melodia no barítono, uma oitava abaixo), aparentemente se torna mais fácil pra que contraltos e tenores também cantem, já que há notas em comum entre as tessituras (um barítono canta notas que um tenor também canta, assim como um soprano não muito agudo pode também incluir notas ainda atingidas por uma mulher que seja contralto). Mas nem sempre isto acontece e é aí que mora o problema, penso eu.


A "melodia congregacional"

Na minha opinião, se pretendemos considerar a congregação na escolha das tonalidades, devemos também considerar o tipo de melodia entoada. Já ouvi muita gente dizendo que tal música é mais congregacional que outra e coisas do tipo e, na verdade, isto pode até ter certa lógica. Não estou, porém, falando daquele argumento de que a igreja só tem condições de cantar melodias simples. É claro que, quanto mais difícil for a melodia, mais difícil será pra que se cante coletivamente. Mas não é nesta discussão que quero entrar; prefiro deixá-la pra um post futuro. hehe Refiro-me à extensão exigida pelas melodias.

Há músicas que foram compostas, por exemplo, pra que um barítono as cantasse. E a extensão vocal de um barítono, via de regra, acaba sendo um pouco maior que a de um tenor e que a de uma soprano, pois ele canta alguns graves que o tenor não alcança, mas alcança algumas notas agudas que o tenor também atinge. Então, numa música como "Tua Graça Me Basta" (Toque no Altar, Trazendo A Arca ou como queira chamar o grupo rsrsrsrs) e muitas outras do mesmo grupo, o solo está na voz de barítono. E, quando mudamos o tom, percebemos que os problemas de execução vocal não são corrigidos. Na última igreja em que trabalhei tivemos que mudar muitas músicas do Trazendo A Arca pra voz de contralto e era sempre um problema, porque alguns trechos sempre ficavam muito graves pra que outros ficassem confortáveis ou aqueles ficavam confortáveis e os outros muito agudos. Isso também pode acontecer em músicas como "Sonda-Me, Usa-Me" (Aline Barros) que possui uma extensão bastante voltada pra contraltos ou sopranos com bons graves. E, mesmo que se mude o tom, o problema continuará, pois é uma música que possui uma estrofe bastante grave, mas um refrão agudo. Há quem diga que este tom (soprano e barítono oitavados na melodia) é o mais confortável pra toda a congregação, mas eu mesmo, que sou primeiro tenor, tenho bastante dificuldade pra cantá-la no tom original, porque a estrofe fica bem grave pros tenores, principalmente pra aqueles que possuem voz mais aguda. O que acabo fazendo é: canto a estrofe na oitava da Aline Barros mesmo (rsrsrsrs) e desço pra a oitava abaixo no refrão, ou faço o tenor do refrão e pronto. rsrsrs

Pensando nisso, será que não deveríamos também considerar a extensão vocal exigida pelas melodias que cantamos em nossas igrejas? Será que algumas canções não estão muito melhor estruturadas para um solo (por possuírem características bem particulares a alguns cantores apenas), ao invés de serem cantadas por toda a congregação? Meu objetivo não é dizer que não devemos cantá-la. Mas, se vamos pensar no que é mais confortável para a congregação como um todo, tenho me inclinado a começar a pensar que algumas músicas não deveriam ser cantadas nos momentos de cânticos congregacionais, não por sua (suposta) complexidade, mas porque exige uma extensão vocal que cantores leigos (cantores que nunca estudaram música e/ou que não praticam música normalmente) dificilmente atingirão.


Quem realmente quer cantar, canta e ponto final!

Apesar disso tudo que foi dito, realmente penso que, quando se quer cantar, nada vai impedir: você muda de oitava (já vi muito "cantor de banco de igreja" fazendo isso), medita nos trechos em que não consegue cantar ou sei lá o quê. rsrsrs Ora, fico vendo, muitas vezes, um bocado de irmãos cantando de pé por horas música após música em shows de vários destes artistas consagrados no meio "gospel" e não vejo gente reclamando do tom ou coisas do tipo. Muito pelo contrário: vejo todo mundo "se acabando" de cantar. rsrsrs Mas, quando chega nas reuniões da igreja local, dá-lhe reclamação! Por isso que penso mesmo que, quando se quer cantar, não tem tonalidade ruim que impeça. Reitero: algo bastante comum entre membros de igreja é o "sobe e desce" de oitava nas canções. Mas é claro que isto também não deve ser usado como desculpa pra se ignorar o conforto vocal da congregação, penso eu. 

Não devemos ignorar completamente o fato de que há realmente tonalidades que ficarão inviáveis para a grande maioria. Logo, é preciso fazer algo a respeito e entender que nós, que estamos "lá na frente" (como se diz) não somos as grande estrelas que estão fazendo um show próprio e que precisam mostrar toda a sua habilidade vocal e todo alcance de agudos e tudo mais. rsrs Falando sério: mesmo que tenhamos que nos sacrificar e cantar algo que nem seja tão confortável pra nós (ou usar uma tonalidade na qual nossas vozes não fiquem tão bonitas), precisamos pensar um pouco mais na congregação.


Quer dizer que apenas alguns tipos de vozes podem ministrar louvor?

Acho que esta pergunta traz uma afirmação tão absurda que nem vale tanto responder, né? rsrsrs Não, não. Vou, sim, responder: CLARO QUE NÃO!! Após muita pressão quanto a tonalidades de canções, cheguei a me sentir um pouco desse jeito, confesso. Passei a pensar: "poxa, quer dizer que eu, então, por ser tenor, nunca vou poder dirigir louvor e me sentir confortável cantando?". Calma, calma, calma!
Como disse há pouco, realmente penso que, quando a congregação quer realmente cantar, ela canta e, por isso, acredito também que não devemos mimar ninguém. Igreja é um lugar onde muita gente quer ser mimada e quer tudo do seu jeito e ponto final. E isto não deve acontecer nem pra um lado e nem pro outro. É um tanto "óbvio" que, se você está lá na frente dirigindo o momento de cânticos, você precisa cantar alguma coisa, né? Caso contrário, que se coloque outro em seu lugar ou que se deixe apenas a banda mesmo e a igreja cantando, né? rsrsrs Olha, vejo "equilíbrio" como a palavra certa em situações assim. Não vejo base na Escritura pra se dizer que apenas barítonos e/ou sopranos devem fazer o lead vocal (a voz principal) no cântico congregacional. Por sinal, temos visto uma enxurrada de cantoras contralto no Brasil, né? Não estou dizendo que isto é necessariamente bom e tampouco necessariamente ruim. Estou apenas constatando um fato, tá? hehe Minha opinião é que todo os que desejarem devem, sim, exercer aquilo que Deus colocou em seu coração e conduzir a igreja em adoração cantada, mas sempre pensando na congregação e tendo em mente que os momentos de adoração cantada da igreja local não são os nossos "The Voice Brasil" ou coisas semelhantes. rsrsrsrs Nossa voz deve ser apenas mais uma, unida à congregação em louvor ao Senhor deles e nosso!


O que devemos fazer, então?

Concluo dizendo que se evite mudar muito as tonalidades originais das canções, pois, musicalmente falando, isto é horrível, principalmente quando se muda uma música de um tipo de voz pra outro que possui uma extensão bem menor, o que gera situações como as descritas alguns parágrafos acima (trechos muito graves e outros confortáveis ou trechos confortáveis e outros muito agudos). Se for o caso, que se mude o solista da música. Não tem problema. Nenhum cantor é mais estrela que o outro, de maneira que só ele (ela) possa e deva fazer todos os solos. Se é, por exemplo, uma música de voz masculina, por que insistir que uma mulher a cante? 
Entretanto, se for notado que a música em questão está numa tonalidade que dificilmente atingirá a maior parcela da congregação, minha recomendação é: mude o tom! Se "não dá" pra mudar ou se ninguém quer mudar o tom, que se mude a canção, então! A congregação deve, sim, ser priorizada! Isto, porém, dentro dos limites possíveis e viáveis, é claro. E, como saberemos qual o tom mais confortável para a congregação?

Bom, um tom ideal pra todos JAMAIS será encontrado, porque isto não existe MESMO. hehe Mas penso ser, sim, possível encontrar algo que atinja a maioria, o que já é um começo. Se você procurar (na internet mesmo) e pesquisar materiais sobre extensão e tessitura vocal, você perceberá que há notas em comum, como já dito aqui, a todos os tipos vocais. É preciso, então, tentar encontrar algo nesse sentido. Mas, principalmente, faço questão de dizer que a melhor maneira de se encontrar o lugar mais confortável para a congregação é conhecendo a congregação mesmo. É no dia-a-dia ministerial que se conhece a própria igreja. Testa-se isto ou aquilo e observa-se a reação da congregação. Não há melhor maneira de conhecer uma igreja do que convivendo com ela. E isto serve para todas as áreas, até mesmo para a música. Por isso que costumo dizer que é mais difícil ministrar louvor numa igreja local do que fazer esses inúmeros shows "gospel" que muitos fazem por aí. Eles, na maioria dos casos, pouco (ou nada) se importam com o que é mais confortável para a congregação presenteou se eles gostam ou não do repertório executado, dentre outras coisas assim. Eles lidam com gente diferente em cada canto que vão e não se importam meeeeesmo! rsrs Aqueles que trabalham na igreja local, porém, estão com as mesmas pessoas semana após semana e ouvem suas críticas, sugestões, elogios (raramente, né? rsrsrs) e anseios e são observados a todo instante. 

Os desafios da música congregacional são muitos, não é mesmo? Mas, se afirmamos que Deus nos chamou para isto e/ou que amamos o que fazemos, precisamos nos doar ainda mais e procurar sempre fazer o máximo para louvar melhor ao Senhor quando servirmos cada vez melhor o Seu povo a quem Ele nos deu o privilégio de conduzir e liderar nestes momentos. Que Ele nos ajude SEMPRE a lembrar que nós não somos o foco e que nossas vozes devem estar "apenas" misturadas, entrelaçadas e unidas às de nossos irmãos, para que, numa só voz, possamos adorar Àquele que nos deu voz para o louvor de Sua glória! A Ele, pois, nossa adoração cantada EM QUALQUER QUE SEJA O TOM!! hehe A Ele a glória!


Em Cristo,
M. Vinicius (Montanha)

Comentários

  1. Muito interessante o artigo. Obrigado pelas informações e opiniões tendo como base a bíblia e a realidade do dia a dia de igrejas. Pra mim foi muito construtivo. Obrigado!

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    1. Obrigado, querido. Que Deus continue abençoando seu ministério e igreja!

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  2. Mano, essa discussão permeia a minha mente tem tempo hahaha... Eu tinha mais a postura de que é melhor mudar de tom para que esteja dentro do que a igreja consegue cantar (mesmo você falando que é horrível mudar de tom... rsrs)... Deus te abençoe! :D

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  3. Eu particularmente não vejo problema algum em mudar tonalidade da música. Hoje existem programas que alteram o tom da música (pitch shift) caso os instrumentistas necessitem estudar ela no novo tom. E eu penso que o tom deve ser adequado a quem está ministrando, pois muitas igrejas não dispõem de cantores de todos os naipes, e se uma canção com uma letra edificante e que será abençoadora para a igreja é cantada por uma voz de naipe diferente da disponível na congregação, me parece injusto sacrificar o repertório por conta de tonalidade. O conteúdo da música vem primeiro. E concordo com autor quando diz que, quando se quer cantar se canta e pronto. Se muda de oitava; quem tem um pouco mais de conhecimento musical, harmoniza. Quem não tem, sussura a letra. Diferentemente de um coral, o momento de ministração de louvor não implica, por parte do ministério de louvor, responsabilidade musical sobre os membros da congregação. É lógico que existem extremos que 99% das vozes não conseguem fazer, nesse caso eu sou totalmente favorável de se isso ser extinto. Mas em músicas modernas que demandam mais de uma oitava e uma quinta pra se cantar, é simplesmente impossível encontrar um tom que agrade a todos os tipos de vozes (diferente de hinos, por exemplo). Quem está lá na frente, dispondo do seu tempo, expondo sua voz, tendo uma rotina às vezes cansativa de ensaios e precisa prezar pela saúde vocal, não deve ser desgastado forçando-lhe a cantar em tons fora de sua tessitura, e nem excluído de um solo por não ser do mesmo naipe do cantor original.

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  4. Paz
    Muito bom.
    Apenas acho errado fazer comparação entre tonalidade para Show e culto

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