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A IGREJA DEVE PAGAR SEUS MÚSICOS?


Algo que tem acontecido em algumas igrejas é a prática da contratação de músicos para o serviço ministerial. Algumas igrejas que dispõem de mais recursos não têm hesitado em melhorar a qualidade de seu trabalho musical ao profissionalizar os responsáveis por tal atividade artística da igreja. Isso, porém, tem levantado uma série de questionamentos e muitos há que discordem severamente de tal prática. Outros, no entanto, a defendem abertamente. Qual deve ser, então, a prática a ser seguida pelas igrejas do Senhor? Devem ou não pagar seus músicos? Bom, eu acredito que a questão vá muito mais além do que simplesmente pagar ou não pagar. Vamos pensar um pouquinho a respeito.

A Bíblia diz que "o trabalhador é digno do seu salário" (Mateus 10:10 e Lucas 10:7) e este é um dos principais argumentos usados pelos que defendem o pagamento de músicos nas igrejas. De fato, o texto diz claramente que aquele que realiza algum trabalho merece, sim, a remuneração que lhe é devida. No entanto, o texto não está falando de músicos apenas. E, antes que eu seja alvejado pelos meus pares e amigos que vivem da música (e da música na igreja), percebam que usei a palavrinha "apenas". 

O que quero dizer é que os textos citados não estão falando que apenas os que trabalham com música são dignos de seu salário, mas que isto se aplica a outros trabalhos também (tanto é que são textos também usados como base para a remuneração pastoral, além de outros textos. E isso partindo da premissa em que consideramos a prática musical um trabalho, né? Porque muitos não pensam assim. Mas, sem querer entrar no mérito da questão da música como trabalho (Sim, é trabalho, ora! Por sinal, é o meu trabalho hehe), questiono: até que ponto ou a partir de que ponto a música, na igreja, se torna um trabalho?

Como disse há pouco, o texto não está se referindo apenas a músicos e, por isso, fico imaginando, às vezes, como seria se tudo na igreja fosse remunerado. Alguém, agora, deve ter dado um belo grito de "aleluia", né? rsrs Mas não sei se isso seria totalmente positivo. A Bíblia nos mostra a prática do serviço e da adoração ao Senhor por meio de ofertas voluntárias (Nm 29:39; 1 Cr 29:9; Lv 23:37-38; Ex 36:3; dentre outros) Eu sei que o contexto em questão, contexto do Antigo Testamento, está falando especificamente de ofertas, mas não são os nossos "momentos de louvor" e o nosso serviço cristão "sacrifícios e ofertas de louvor" (Sl 107:22; Hb 13:15; 2 Cr 33:!6; Jn 2:9; Rm 12:1) ao nosso Deus? Ou, pelo menos, não deveriam ser assim? A Escritura nos ordena: "servi ao Senhor com alegria; apresentai-vos diante d'Ele com cânticos" (Sl 100:2). Meu único temor é que se perca o valor do serviço cristão (1 Pe 4:10), que deve partir do coração de cada um, de modo que ofertas voluntárias, como as do Antigo Testamento deixem de ser entregues.

Vamos imaginar o seguinte: e se não tivéssemos mais aqueles irmãos que, apesar de toda a correria, se doam ao ponto de abrir mão de muita coisa para fazer a obra do Senhor em determinado momento? Imagina se a igreja remunerasse os irmãos do ministério de recepção, os irmãos que olham os carros do lado de fora, os irmãos que ensinam na escola bíblica, os irmãos que atuam no teatro da igreja, os irmãos que trabalham com eventos, os irmãos que trabalham com a sonorização, enfim, se todos fossem pagos. Se partirmos do pressuposto puro e sem reflexão de que o trabalhador é digno de seu salário e pronto, teríamos, sim, que remunerar a todos. E, desse modo, não estaríamos rumando a uma desenfreada profissionalização (num mal sentido) da vida cristã eclesiástica? Uma igreja desse tipo viraria um grande alvo para os que não conseguem sucesso profissional no meio secular (o povo ia brigar pra trabalhar na igreja rsrsrs), como já acontece, infelizmente, com muitos que "descobrem" um suposto chamado pastoral apenas porque não conseguiram passar num vestibular após anos e anos de tentativas. Acreditem, existe, sim, algo desse tipo. Mas, antes que eu "apanhe" novamente de alguns, há ainda mais a se considerar.

Apesar de o texto se referir a qualquer tipo de trabalho, voltemos nosso foco novamente à música. Pensando em tudo o que foi dito, retomemos os questionamentos: até que ponto ou a partir de que ponto a música, na igreja, deve ser considerada como trabalho? Bom, há muitos músicos profissionais do meio secular que se convertem ao Senhor, mantendo seus trabalhos em bares, restaurantes, escolas e/ou orquestras. Muitos são até alvejados por críticas por parte de pastores, líderes e membros de igreja em geral, mas não vou entrar nessa questão agora. hehe Vamos nos focar no seguinte: o trabalho secular deles lhes priva de uma maior disponibilidade à ação ministerial, já que boa parte das chamadas tocattas (ou "tocadas") acontece no fim de semana, momento em que a igreja mais atua. A igreja em questão deseja ter aquele músico com uma disponibilidade (se não total) maior de tempo. Bom, aí ela precisará, de fato, contratar este músico, a fim de tê-lo como funcionário da igreja e, então, poder exigir dele esta disponibilidade maior ao serviço. Se o valor pago for considerado suficiente pelo profissional, a igreja poderia até solicitar-lhe exclusividade total ao serviço eclesiástico. Mas teria, sim, que arcar com esse valor, é claro (agora, reconquistei meus colegas músicos! rsrsrsrs). E isto bem que poderia se aplicar também a outros tipos de trabalho na igreja, mas esta é outra questão e pra uma outra discussão. hehe

Devemos, contudo, considerar os recursos de que dispõe uma igreja. Nem toda igreja tem condições financeiras de arcar com o sustento de seus ministros. Algumas, por exemplo, escolhem um músico para ser seu líder musical, chamando-o de "ministro de música", "produtor musical", "diretor musical", dentre outras nomenclaturas utilizadas. E este músico pode ter vindo do meio secular ou pode até mesmo ter sido formado na própria igreja (ou em outra), seguindo uma formação acadêmica posterior (enviado ou não pela igreja). O que importa é que foi reconhecido nele potencial suficiente para assumir esse "cargo de confiança". Todavia, há outras que não têm mesmo condições de remunerar quem quer que seja além do pastor (quando têm condições de pagar-lhe algo), que já tem sua carga de peso nas finanças da comunidade. Neste caso, não há como se exigir que esta igreja pague seus músicos, não é verdade? Mas ela também não deve exigir do músico (ou de qualquer outro que serve voluntariamente em algum ministério ou departamento) exclusividade.

Quando observamos a história da música ocidental, podemos ver o grande número de músicos contratados por igreja. Em tempos passados, muito mais, talvez, do que hoje, era extremamente comum a presença de músicos trabalhando em igrejas. O aclamado Johann Sebastian Bach, por exemplo, cristão protestante que era, trabalhou boa parte de sua vida na igreja. Ele foi um dos grandes responsáveis pelo desenvolvimento de muitos órgãos de igrejas alemãs. Mas ele não foi o único a trabalhar na igreja. E vejam que ele era cristão, não apenas pela sociedade (barroca) em que estava inserido, ele, de fato, era crente, conforme apontam os historiadores. Outros, porém, nem crentes eram, mas as igrejas os contratavam como regentes de coro ou compositores. Então, aos que se opõem completamente à prática da remuneração por afirmarem ser algo do tipo "o mundo entrando na igreja", só me resta expor que esta prática é muito mais antiga do que se imagina e de novidade nada tem. Esta sempre foi uma prática bastante comum nas igrejas desde a Idade Média. Mas há ainda algo que eu questiono.

Não posso negar que não concordo com a contratação de músicos não cristãos para a igreja. Aí já é Dmais, né, galera? Não podemos rumar na direção da mera profissionalização por profissionalização apenas, da qual falei há alguns parágrafos. Ainda estamos falando do serviço da igreja do Senhor. E é importante que ele seja realizado por alguém que é, de fato, servo do Senhor. Também não posso negar que não concordo com igrejas que simplesmente pagam indiscriminadamente músicos que nem conhece pra tocar esporadicamente. Não me refiro a um ou outro evento especial em que se precisa de certo reforço musical, mas falo de igrejas em que qualquer um (não quero soar preconceituoso, ok?) toca, sem que se averigue se, de fato, este indivíduo apresenta um histórico e/ou uma postura reconhecidamente cristã. Trocando em miúdos: a igreja nunca viu o sujeito, mas só porque alguém disse que ele é crente e há uma necessidade presente, se chama o sujeito pra tocar e pronto. Tem igreja que nem tem um ministério de louvor fixo!

Penso assim: quer pagar os músicos? Pague, então, os músicos da própria comunidade. Mas, às vezes, me parece que algumas igrejas querem ficar "bem na fita" e querem sempre ter os músicos "top" e meio que "mendigam" a disponibilidade deles. E, como eles não têm disponibilidade total, ficam trocando de músico todo domingo, pagando quem estiver disponível pra uma "tocatta" (ou "tocada"). Desculpem-me, mas não vejo a igreja como um espaço pra meras "tocadas". A proposta é que estejamos adorando ao Senhor por meio da música e isso não deve ser feito de qualquer maneira (Jr 48:10a).

Não está claro que o assunto vai muito mais além de simplesmente pagar ou não pagar? Esta não é uma questão tão simples quanto parece. Após muito tempo de reflexões a respeito, cheguei às conclusões que tratei neste texto. Vamos recapitulá-las. Primeiro, não há problema em se pagar um músico pra tocar na igreja. Se a igreja tem condições, que contrate o máximo de músicos que puder. Isso é bênção do Senhor  e não apenas aos músicos, mas também à igreja. Não há problema algum em se querer fazer o melhor para o Senhor. Na verdade, este deve ser sempre o nosso desejo. E, se esta igreja vai contratar músicos, que sejam eles convertidos (genuínos servos de Deus) e, em já sendo convertidos, que façam parte (caso já não faziam) da comunidade em questão, sendo oficialmente membros dessa igreja. Mas que eles também entendam que, mesmo sendo profissionais, são ainda adoradores e isto antes de qualquer coisa. Entretanto, se a igreja não tem condições de remunerar seus músicos, que ela não seja cobrada disso, já que, mesmo sem receber, todos nós temos, sim, o dever de adorar ao Senhor, seja com música ou com seja lá o que for. Somos adoradores e ponto final. Mas, por outro lado, que a igreja também não exija que seus músicos abandonem seus trabalhos para se dedicarem integralmente à obra. Basicamente, isto é o que penso sobre o assunto.

E, então, acham que to sendo coerente? Acham que eu to doido ou exagerando em algo? Questionem, detonem, apoiem, concordem ou discordem. Este espaço é pra isso mesmo. Abraços a todos e que Deus nos ajude!


Em Cristo,
M. Vinicius (Montanha)

Comentários

  1. Meu caro amigo, acredito que este assunto é muito abrangente, mas vou resumir, acho que aquele que busca o estudo a profissionalização, merece sim, dentro das condições da igreja e de que atividade ele vai desenvolver dentro do ministério, receber uma ajuda de custo, pois, no meu caso, acredito que Deus não iria me direcionar à estudar música, para simplesmente viver de "servir por amor", então é isso, vou guardar palavras para o próximo assunto, fica com Deus.

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    1. É um grande desafio msm lidar c isso td. Pq as pessoas confundem muito as coisas. E a música acaba não sendo vista, por muitos, como música, né? Paciência!

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  2. Cara , se a igreja exige a "exclusividade integral" do músico deve sim pagar salário ao mesmo...até pq todos nós precisamos trabalhar pra sobreviver né ? rsrsrs Ps: vc me deve um post sobre ritmos dentro da igreja lembra ?

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  3. Estou de acordo com você Vinicius! Infelizmente o preconceito com a nossa profissão ainda é predominante neste início de século, mas há uma tendencia que o profissional de música seja melhor reconhecido, dentro e fora das igrejas! No nosso caso que seja para honrarmos a Deus como o que temos de melhor a oferecer!

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    1. Sim, sim, com certeza! Devemos continuar nossa luta, esperando q Deus abra mais portas pra nossa profissão. De fato, há, sim, um grande preconceito, mas q Deus nos ajude!

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  4. um padeiro quando se converte não fecha sua padaria, pelo contrário, acredito que Deus abençoará muito mais. daí me pergunto porque o músico que se converte deve fecha seu ganha pão para viver exclusivamente pra obra?
    concordo com vc, se a igreja tem condições que abençoe o músico cristão, se não tem, acredito que não cobrar demais do músico cristão.

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    1. rsrs Gostei muito de sua alusão ao padeiro, Rúbiu. Nunca havia ouvido alguém fazer tal argumentação. rsrsrs O grande problema, ao meu ver, é sempre o preconceito msm. Usando ainda seu exemplo, ninguém obriga professores a dar aulas d graça ou a advogados fazerem seu serviço gratuito. E os cabeleireiros? Imagina s td mundo da igreja cortasse o cabelo d graça? rsrsrsrs S algum desses quiser (e puder) fazer isso por vontade própria, de modo voluntário, aí é outra história, mas, d fato, não devemos constranger ninguém a isso, né? rsrs Abração e obrigado pelo comentário!

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    2. Quer dizer que se eu sou um Prostituto me converto ai tenho que abrir um cabaré

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    3. Perdão pela demora, mas não tinha visto seu comentário (por algum bug que aconteceu no sistema rs) Desculpa, mas não entendi muito bem o que vc quis dizer.

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  5. Oi Galera!! eu quando era cristão eu sofri muito nas igrejas sendo muito criticado pelo fato de eu viver de musica e tocar no meio secular!!!

    Eu concordo do musico receber pra tocar na igreja quando a igreja obriga ao músico tocar somente na igreja achando errado tocar no meio secular!!

    Pergunto: O Membro que é policial ele tera então deixar de ser POLICIAL kkkkkkkkkkk hehehehe ele tera que matar,prender uma pessoa. e ai como fica?

    Porque o pastor é pago e o músico não??? pastores ai que ganham 15 mil por mês só pra pregar!!!

    O pastor ele vivi pra quilo por isso tem que ganhar assim como o músico vive para a música. agora se o musico ele já tem o emprego dele ai não vejo necessidade de ganhar salario da igreja.

    Abraço a Todos!!!!!

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  6. De modo geral, acredito q são boas palavras as suas, queridos. Só não gostei/entendi "quando eu era cristão". rsrs E vc deixou de ser? Não, não acredito nisso. Espero mesmo que, em tendo tido um real encontro com Jesus, os problemas humanos, causados pelos erros humanos, da igreja do Senhor (mas feita por humanos) não te tenha decepcionado a esse ponto. Apesar de tanto problema espalhado em igrejas por aí, realmente acredito q ainda há igrejas saudáveis, apesar de tudo. Não deixe de procurar uma, então. E, se vc realmente já teve um encontro com Cristo, sabe q, na verdade, não se deixa de ser cristão. Vc pode até deixar de frequentar igreja A ou B, mas jamais conseguirá deixar de ser salvo, liberto, lavado e remido pelo sangue do Cordeiro. Pense nisso, tá? E obrigado pela participação! Será sempre bem-vindo!

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  7. eu sou musico e hoje em dia as igrejas não valorizam nosso trabalho nós que dedicamos 05 , 10 , 15 anos... 8 horas por dia treinando nosso instrumentos em cima de livros de teoria musical etc quando nos começamos a tocar na igreja todo esse trabalho esse tempo de dedicação são completamente desvalorizados, e ainda mais os lideres religiosos ainda tem a cara de pau de cobrar em que todos os cultos nos estejamos na igreja, não ajudam em nada, nem na manutenção dos instrumentos que não e barata eu sou guitarrista uma guitarra hoje em dia boa custa no mínimo 5.000 R$ vai pedir para o pastor 5.000 para comprar seu instrumento, no mínimo ele vai te responder vamos orar, quando se trata de dinheiro a resposta sempre é vamos orar. tocar um instrumento exige muito tempo de dedicação. Músicos vamos nos valorizar quando eles chamar nos para tocar nem com o dinheiro do transporte eles querem ajudar>>>

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  8. eu sou musico e hoje em dia as igrejas não valorizam nosso trabalho nós que dedicamos 05 , 10 , 15 anos... 8 horas por dia treinando nosso instrumentos em cima de livros de teoria musical etc quando nos começamos a tocar na igreja todo esse trabalho esse tempo de dedicação são completamente desvalorizados, e ainda mais os lideres religiosos ainda tem a cara de pau de cobrar em que todos os cultos nos estejamos na igreja, não ajudam em nada, nem na manutenção dos instrumentos que não e barata eu sou guitarrista uma guitarra hoje em dia boa custa no mínimo 5.000 R$ vai pedir para o pastor 5.000 para comprar seu instrumento, no mínimo ele vai te responder vamos orar, quando se trata de dinheiro a resposta sempre é vamos orar. tocar um instrumento exige muito tempo de dedicação. Músicos vamos nos valorizar quando eles chamar nos para tocar nem com o dinheiro do transporte eles querem ajudar>>>

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  9. Hamilton
    Gostaria de elogiar a discussão sobre o tema e apresentar o que penso, se me permitem. Entendo que há os praticam música e exerçam a atividade na igreja por diletantismo/ como amadores. Em que pese ser uma profissão regular, com cursos técnicos e superiores, é possível ser praticada por quem a entrega por amor (amador). Visitei e visito igrejas no nosso Brasil e fora e registro que a "cara" e a função da música na sua comunidade leva ao mesmo caminho - pode ser feita por amor (músico amador) ou profissionalmente. Particularmente prefiro pensar no compromisso de um serviço que leve o pastor a conseguir levar sua mensagem assim como construir a sua igreja e contabilizar suas contas. Sempre haverá os grupos de amadores que trabalham para realizar festas e dividir tarefas, cantar nos corais, realizar alguns serviços, mas acredito num processo de cultura que na maioria das vezes demanda um profissional. Sou amador, mas vejo um caminho de simplificação e não de aumento da cultura, repetição e diminuição de cantos, harmonias e melodias que se aproximam do fácil de mais cada vez mais. Defendo a presença de pelo menos um profissional nesta área tão importante para a vida da igreja. Na boa, sem melindres. As seleções de músicas para as celebrações sempre esbarram no:"esse ninguém conhece" ou "não tem algo mais fácil" e estamos empobrecendo muito. Forte abraço a todos.

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    1. Ótimas palavras, querido. Concordo também com vc. E já escrevi a este respeito também em mais de um post até. Realmente acredito ser indispensável a presença de um profissional de música nas igrejas. Costumo dizer que, numa igreja que está crescendo, em ordem de prioridades, penso ser necessário que, além do pastor presidente, em primeiro lugar, contrate-se um pastor de jovens e, em seguida, um pastor de adoração (ou, se não for encontrado alguém assim, que se procure um ministro de música/diretor musical). Acredito que numa igreja que já possui de 200 membros pra cima, isto se torne indispensável. Abraço e obrigado pela participação.

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  10. Galera boa noite.
    Toco bateria à oito anos fiz aula de canto e toco violão porém nunca tive ajuda da igreja porém minha experiência músical nasceu dentro da igreja como adoração ao Senhor Jesus.
    Hoje estou desanimado com a falta de respeito com os músicos brasileiros dentro das igrejas "pequenas" porque os shows de cantores gospel "famosos" pagam muito bem seus músicos e alguns nem servem ao
    Senhor.
    Eu acho que se o músico serve somente e fielmente a igreja deve sim receber para se dedicar mais a esse trabalho de palavras cantadas feitas para abencoar vidas.
    Assim como pastores, diáconos, bispos etc...
    Porque quem vive de música não precisaria tocar no secular para poder receber.
    Deus abençoe a tds...

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    1. De fato, é inclusive bíblico q o trabalhador receba seu salário (como falei no post) e isto inclui a música tb, claro. Mas é preciso separar cada situação, porque há casos em q o músico é apenas um voluntário como qualquer outro em outros ministérios da igreja e nem tda igreja terá condições de pagar td mundo, como, por exemplo, o rapaz do estacionamento, o pessoal da recepção, os líderes de grupo pequeno, etc. Penso que o serviço ministerial (mesmo sem remuneração) é importante (e bíblico) na vida de todos! Agora, se a igreja exigir de determinado músico que ele atue apenas na igreja, acredito que esta igreja, então, deva arcar com seu sustento. Entendo, então, que tudo depende de cada situação. Abraço e obrigado pela participação.

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  11. Infelizmente as pessoas fecham os olhos para essas situações, na verdade as opiniões estão divididas mais no caminho, na verdade Deus não fica devendo nada a ninguém de alguma forma Ele sempre vaii nos re compensar aquele que serve na sua obra , mais também quem é de direito executar a sua parte ou seja o Pr não faz ,!muitas vezes fica dando ouvido a quem não entende e fica essa briga e fala assim de graça recebeste e de graça dai ! O músico paga contas igual a qualquer outro proficional vamos respeitar os profissionais da música porque também sou músico! Eu tiro o chapéu para algumas igrejas aqui no Brasil respeitan os profivionais ! Absss .

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  12. Sim, sim. Como já disse, se alguém é um profissional de música, este alguém vive disto. Portanto, se a igreja quer exclusividade dele, deve honrar seus honorários. Agora, se a igreja não tem condições de pagá-lo, que ele sirva voluntariamente (o que é bom diante de Deus, como em qualquer outra função) e que a igreja o deixe trabalhar em outros lugares, sem exigir exclusividade. Obirgado por sua contribuição. Deus abençoe!

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  13. Todo serviço na igreja não deveria ser remunerado. Aí sim, isso seria servir. Pastores, diáconos, músicos, porteiros, zeladores, professores, cuidadores, cozinheiros, todo serviço deveria ser por amor. A institucionalização da igreja estraga tudo, os interesses mudam... o ser humano é assim, egoista, visa somente seus interesses e isso é perfeitamente natural. Porém, a igreja é diferente, é a negação do "eu". "- Mas minha dedicação é integral!" - esbraveja algum ofendido. Será que é mesmo? Será que um pastor, um músico, tem essa dedicação sacerdotal que se espera dele? E mesmo se existir essa dedicação sacerdotal isso é um dom de Deus, é uma ordem divina e isso não deve ser assalariado! Deus proverá! Serão sustentados, sobreviverão, mas não do jeito que esperam, será à maneira de Deus com sua misricórdia, será uma vida de caridade(=amor), isso é um ministério! Agora quando a ganância e os interesses pessoais passam a reinar nesse meio, já viu, né? Grande abç a todos!

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    1. Equilíbrio, talvez (muito provavelmente), seja a melhor palavra para este assunto. A Bíblia diz que o trabalhador é digno de seu salário, mas também fala em serviço cristão. Logo, prefiro compreender que, se alguém serve, que o faça de boa vontade e dando o melhor que puder. Por outro lado, se, por necessidade de determinada igreja local, alguém passar a ser remunerado pela igreja para determinado fim (seja como pastor em alguma área ou como ministro de música ou algo do tipo), que também continue entendendo que isto é serviço ao Senhor e ao Seu corpo e que, portanto, não se deve exigir quantias "x" ou "y", assim como a igreja também não lhe pode exigir e/ou cobrar como um "simples" funcionário ou com arbitrariedade. De fato, há momentos em que uma igreja local precisa de alguns servos fiéis que se dediquem a ela seja integralmente ou em meio período e, por isso, precisarão, inevitavelmente, de remuneração. Eles têm contas a pagar e precisam comer, não é? Equilíbrio, equilíbrio, equilíbrio...

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    2. Rafael 👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏👏

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  14. Primeiramente quero dar meus Parabéns Marcus Vinicius , pois achei muito relevante o seu artigo a respeito desse assunto. Realmente é um assunto muito abrangente e delicado. Eu penso que a Igreja ao contratar seus músicos, ela tanto quanto o músico em si precisam primeiramente entender que o foco não é a troca, "Vc me paga que eu toco" O objetivo principal é fazer deles verdadeiros canais para atrair a presença de Deus através da musica. E como? Através do tratamento do caráter com ministrações, consagrações diárias, estudo da palavra etc. Assim como foi com a Igreja Apascentar e não apenas ensaiando o dia todo.
    um outro ponto de Vista que eu vejo, é que independente de pagar ou não, os músicos precisam entender que a música (o louvor) tem um objetivo e esse objetivo só é atingido quando nos propomos a fazer com coração de Servo assim como descrito em Cl 3:23 e entender que nossa recompensa virá dele.

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  15. Hoje vejo a música na igreja que nem um marketing na igreja escuto mais os antigos louvores não necessariamente na igreja mas no meio gospel resumindo comércio na igreja isso tem atrapalhado músicos que estudos já vi aqueles certos líderes que dizem ser cristão separados mas devido esse marketing o músico que estuda de verdade não é valorizado hoje entendo também que técnica e postura faz parte assim como os acordes para poder expressar melhor meus sentimentos na verdade música pra mim é que nem de criança sem regra tipo ornette coleman mas o músico que toca hoje na igreja sofre devido ao muito comércio e tais líderes não estudam e acabam desvalorizando os músicos e fica geralmente trocando de músicos e saindo músicos Jesus chama esses tais líderes de fariseus ou seja a igreja evangélica está ficando cada vez mais corrompida eu penso assim Jesus fala o louvor não passa de regras ensinadas por homens hoje respeito o cara que criou acordes empilhados até sou um pouco coerente, mas música devia ser como crianças tocando mas eu não posso tipo gosto de sertanejo e digo que outras músicas são do inimigo,na verdade tudo é nosso tudo veio da igreja mas vejo muita desvalorização de músicos devido pastores ou líderes de louvor não desrespeitando eles aquela história que Jesus diz duas vezes filho do inferno na verdade gosto disso é não abro mão morro por aquilo e tudo é o diabo é assim também com o roqueiro, músico sertanejo e assim vai... Aí vai gerando partidos, mas pensando em outros assuntos se tem acordes por que não estudar grooves, e quem são os pacificadores? Tipo sou um verdadeiro adorador mas não quero tocar isso ou aquilo faço um solo sem saber mas alguma coisa ele ouviu pra tirar esse solo ou afinal tira os acordes não são regras de homens ou fizeram regras de homens, então vamos fazer músicas sem regras porém pura como de criança, aí vão dizer que é baderna e que o músico está louco mas vejo muito marketing comércio na igreja as pessoas não entende corto a barba coloco um terno falo palavras eloquentes e engano a todo mundo se tem acordes tem que ter groove então tira os acordes mais outra também tirando as regras músicas é sentimento muito marketing pouca música e pouco sentimento no mundo também é igual falta igualdade, não falo nem reconhecimento o verdadeiro cristão não precisa disso mas sim de valorização, bem aventurado aquele que tem fome e sede de justiça, eu ainda gosto de jazz mas não quero ser um crente tradicionalista ou um sertanejo ou roqueiro ou pagão duas vezes filho do inferno, que seja feito o que é justo de deus não se zomba aquilo que o homem semear ele vai colher façamos a justiça, se tem acordes tem que ter grooves e grooves não é uma coisa copiada que se aprende da noite pro dia, muitos dias tocando e estudando louvor a Cristo ser verdadeiro adorador não é só tocar na hora do culto depois nem pegar no instrumento depois não valorizar músicos que estudam mas enfim também não posso errar enfim eu acho que o maior problema é o marketing é como algo que faz muito sucesso mas tanto sucesso algo pra massa pra maioria como funciona do Rio de janeiro não desrespeitando eles mas algo que a maioria faz por que não estudam e nem respeita os músicos, enfim algo para se pensar está em todo lugar por exemplo funk é James Brown, esse funk do Rio é parecido com axe os funkeiros do Rio deviam pensar e analisar e refletir sobre a verdadeira liberdade mas se colocassem a verdadeira liberdade será que iria dar um retorno e quando falamos de corrupção afinal quem nos servimos quem nos controla deus ou o dinheiro enfim vou parar por aqui tem muito assunto pra conversar e resolver..

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  16. Eu acredito que a igreja deva observar a necessidade do irmão e observa a vida cristã do mesmo , um musico cristão deve estar no altar de Deus e não no mundo primeiramente falando e se a pessoa é necessitada de ajuda de custo por passar por uma situação difícil, é dever da igreja ajudar independente de ser musico ou não , é diferente, mais cobrar para tocar não sou a favor , acho que o trabalho Cristão deve ser voluntário pois o que recebi de graça , de graça devo dar , e abençoar a vida do próximo não tem preço , em saber que ali estou edificando vidas é isso que acredito.

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  17. É interessante que quando aceitamos ser Cristão , entramos com todo gás é aquela alegria de servi a Deus de se dedicar , mais com o passar dos tempos vamos perdendo essa intensidade e vamos dando lugar ao secundário da vida, como já postei anteriormente vivemos em tempos difíceis, escassez financeira , falta de emprego , enfim , mais na igreja antiga ela sobrevivia e vivia o evangelho de forma que ninguém passava necessidade pois todos se ajudavam e ela crescia em numero e qualidade , hoje em dia vemos outra realidade, muitas vezes uma busca por interesses próprios e não Cristão , é complicado a realidade das igrejas infelizmente.

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  18. Deus nos chamou a servi , e temos que pagar um preço muitas vezes pois muitas vezes vezes não estamos ouvindo a voz de Deus mais a nossa né verdade !!, se Deus te chamar para tocar em uma igreja pobre e ai ??? você vai ??? entende ??? é isso que muitas vezes não estamos atentos e muitas vezes nos frustamos por que queremos caminhar por nossos próprios caminhos. Deus tem o melhor , mais o melhor de Deus pode estar em qualquer lugar meus amigos e não apenas na aparência do que vemos , é a fé .

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  19. Sabe minha opinião é: que os amadores de plantão vá estudar música de fato, e parem de praticar uma concorrência desleal com aqueles que se dedicam horas e horas por dia, pra fazer algo de excelência, e que assim tenhamos musicas de altissima qualidade nas igrejas, e nao isso que ouvimos por aí (bagunça total) e aínda falar pra mim que faz de coração, é, de fato, pode até ser de coração, porém mal feito e ainda desleal vom aquele que quer excelência. Esse tipo de comportamento no meio secular é inaceitável, porque dentro da igreja temos que aceitar, vá estudar e assim terá seu salário como qualquer outra profissão.

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  20. Sou musico (Violonista) sou muito discriminado ,não tratam o musico como profissão ,não tem respeito ,tratam como coisa de gente desocupada , querem te proibir de dar aulas ou tocar certo tipo de musica ,mas quem vai pagar seu salário.Eu se fosse um pastor contrataria um bom musico espiritual que soubesse ensinar e lidar com gente , com certeza a igreja com boa musica tende a crescer muito,porque a musica tem esse poder de envolver os jovens ,as crianças,os adultos e idosos ,recuperar pessoas perdidas ,drogadas ,Será que isso tem preço ? A musica atrai as pessoas e o pastor entra com a Palavra de Deus ,como resultado a obra cresce e vidas são restauradas.Claro que tudo pode ser feito tambem de forma amadora por musicos voluntários.Mas ai é daquele jeito né faz de qualquer maneira. Essa é minha opinião deus abençoe a todos.
    Não vejo ninguem ensinando sua profissão de graça ,já o musico tem que dar aula de graça principalmente nas igrejas,porque ? vai viver de que ? vai comer oque ? e seus filhos ? Musicos profissionais tem que ser pagos sim e bem pagos.

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E aê, galeraaaa!!!!!!!!! Que saudades de escrever por aqui! Após um tempo de férias do blog (mas não de descanso total, garanto hehe), estamos, enfim, de volta e COM FORÇA TOTAL!!! Eu realmente precisava de um tempo pra refletir e pensar um pouco mais sobre muita coisa e, em especial, sobre o que postar por aqui neste retorno. E, neste primeiro post pós-férias, resolvi falar sobre um assunto um tanto recorrente em nossas igrejas: divisão de vozes. Muita gente trabalha direta ou indiretamente com isso nas igrejas e muitas outras gostariam muito de poder fazê-lo. Sim. Eu mesmo conheço pessoalmente muita gente que gostaria de saber, ao menos em linhas gerais, como fazer uma divisão de vozes. Bom, meu desafio é tentar sintetizar isso por aqui. hehe É óbvio (mas preciso dizer!) que não é (MESMO) possível se fazer um verdadeiro curso de harmonização vocal, devidamente sistematizado e estruturado de maneira que, após visitar este post, alguém saia realmente formado como

LIDERANÇA MUSICAL NA IGREJA: FUNÇÕES E DESAFIOS

Introdução A importância da música na prática eclesiástica é algo inquestionável. E, para uma melhor prática musical eclesiástica, acredito ser de extrema importância se ter uma liderança bem estabelecida, de modo que tal prática possa ser conduzida rumo aos caminhos tencionados por um planejamento realizado por esta liderança. Contudo, há casos em que não há um líder oficialmente estabelecido. Acredito, porém, que sempre há um líder, mesmo que não se reconheça sua existência oficial. Mas há sempre alguém que influencia outros musicalmente e/ou que assume a responsabilidade pelas ações musicais da igreja. E, quando realmente não há, acredito que o potencial musical da igreja em questão poderia estar bem melhor e que, provavelmente, as ações musicais da referida igreja estão completamente perdidas, até que alguém se responsabilize por elas. Foi por isso que, dentre outras razões (como os pedidos que me foram feitos hehe), resolvi escrever esse post. Através dele, preten

DICAS PARA UMA BOA MINISTRAÇÃO

Após muitos estudos, reflexões e discussões sobre o assunto, resolvi, enfim, escrever um pouco do que penso sobre a chamada "ministração de louvor". Além de conviver com essa realidade de maneira muito próxima (o primeiro ministro de louvor que conheci foi meu próprio pai, com quem aprendi boa parte do que está aqui registrado), tenho tido o enorme privilégio de poder também ministrar louvor em minha igreja (ministro, junto com alguns mui amados irmãos, em nossa banda de jovens) e em outros lugares aos quais nossa banda é convidada a ir. E, por essa razão, me sinto bastante à vontade pra falar do assunto, tendo em vista que eu sou o primeiro alvo de cada palavra aqui registrada. Além disso, aqueles que trabalham comigo sabem, de perto, se as cumpro ou não, o que torna este post um desafio ainda maior. hehe Sendo assim, separei algumas dicas que colecionei ao longo dos anos e que acredito serem importantes em nossa prática musical eclesiástica. E, portanto, sem mais delong